"Isso tudo estimula a liberação de ocitocina e já começa a estabelecer a primeira relação afetiva que cada ser humano conhece, que é a relação com a sua própria mãe", explica a biomédica Deborah Suchecki, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
É no hipotálamo, na região central do cérebro, que a ocitocina é produzida. Até pouco tempo atrás, os cientistas sabiam só que esse hormônio tinha papel fundamental nas contrações do parto e na amamentação. Mas as pesquisas avançam rápido, e novos enigmas vão sendo desvendados. Por exemplo: animais mais ricos dessa substância tendem a ser mais fiéis em suas relações.
E, nos laboratórios, a ocitocina ganhou um apelido carinhoso: hormônio do abraço.
"Um dos grandes estímulos para a liberação de ocitocina é o contato físico. O abraço nada mais é do que contato físico, uma manifestação de carinho, de acolhimento", diz Deborah Suchecki.
E isso não vale só entre mães e filhos. Todo e qualquer afeto tem o mesmo efeito. Pode ser entre amigos, parentes, namorados e até com o bichinho de estimação. Amar faz bem ao coração. A ação da ocitocina provoca a redução dos batimentos cardíacos e diminui a pressão arterial.
As mulheres levam vantagem nessa química. Os hormônios femininos combinados com a ocitocina tornam o hormônio do abraço ainda mais poderoso. E é em momentos de tensão que ele mostra toda a sua força.
"Se você for a uma consulta médica com um amigo – ou sozinho, mas receber uma borrifada de ocitocina antes da consulta – sua reação de estresse é diminuída. Você libera menos cortisol e menos adrenalina. A freqüência cardíaca também é reduzida. Então, um amigo ou a ocitocina tem a mesma função de acalmar e de reduzir o estresse", afirma Deborah Suchecki.
É como se cada abraço fosse uma pequena vitória contra o estresse. Na luta diária, outros hormônios que nos deixam em estado de alerta perdem a vez.
"O que a ocitocina faz é modificar as fontes de adrenalina e cortisol, tornando essas fontes menos estimuláveis. Dessa forma, a liberação de adrenalina e cortisol se torna reduzida. A sensação final é de enorme bem-estar. Vamos pensar o seguinte: a ocitocina é liberada no orgasmo. Preciso dizer mais alguma coisa?", diz Deborah Suchecki.
E o melhor de tudo: nada indica que a produção de ocitocina vá diminuindo com o passar do tempo. Na juventude ou na velhice, ela está sempre pronta a entrar em ação. Basta ter um bom motivo.
3 comentários:
Esclarecedor a seu post. Gostei de ler.
Vou te dar um conselho: tira essas letrinhas de verificação.
Ótimo dia. Bjs.
Bastante técnico e educativo seu post.
Parabéns pelo blog e suas postagens..já estou te seguindo.
Abraços.Sandra
Olá querida!
:)
Parabéns pelo blog!
Já estou a seguir!
Beijinhos grandes***
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